Labirintite: o que é, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento
Muitas pessoas confundem a doença Labirintite com um de seus sintomas mais conhecidos, a tontura. Este, porém, é um sintoma comum entre várias condições e por isso é importante entender o que de fato está causando a tontura, para que o tratamento seja realmente efetivo.
A Labirintite é uma infecção no labirinto ‒ estrutura do ouvido interno responsável pelo equilíbrio e que participa dos processos da audição. Considerada uma doença mais rara, a Labirintite costuma ser provocada por bactérias ou vírus e, por isso, precisa ser tratada o quanto antes.
É bem frequente, porém, que se use “Labirintite” como sinônimo de tontura, justamente porque a vertigem é uma das características mais conhecidas da doença. Entretanto, a tontura é um sintoma comum em várias doenças que podem ser confundidas com a Labirintite.
Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) e Enxaqueca Vestibular, por exemplo, são condições que causam vertigem intensa, entre outras manifestações. Outras condições que também apresentam a tontura como sintoma são a Neurite Vestibular e a Doença de Ménière.
Quando lidamos com a Labirintite, de fato, outros sintomas podem surgir, além da tontura, como:
- perda auditiva;
- zumbido no ouvido;
- dor no ouvido;
- sensação de ouvido tapado;
- náusea, vômito e febre.
A tontura da Labirintite geralmente se manifesta como uma vertigem constante ‒ ou seja, a sensação de que o ambiente ao redor está girando ‒ e normalmente é acompanhada de perda auditiva, outro sintoma marcante da Labirintite.
No caso da Labirintite, a perda auditiva pode ser temporária ou deixar sequelas nos casos mais graves e de intensidade variada.
Além da tontura e da perda auditiva, o zumbido pode ser um dos sintomas da Labirintite e que pode afetar a qualidade de vida do paciente. Descrito pelos pacientes como apitos, chiado e sons parecidos com abelhas, por exemplo, o zumbido no ouvido é uma percepção auditiva sem fonte sonora externa e que pode se manter constante.
O diagnóstico da Labirintite é feito por um otorrinolaringologista ou otoneurologista, que identifica a doença com base na avaliação dos sintomas, exame físico (que analisa o ouvido) e alguns exames complementares, como audiometria e videonistagmografia.
O tratamento da Labirintite depende dos agentes microbianos que estão por trás da infecção: para Labirintite viral, o foco é aliviar os sintomas com repouso, hidratação e medicamentos para náusea e tontura, enquanto a Labirintite bacteriana exige também o uso de antibióticos.
O prognóstico de tratamento da Labirintite varia de acordo com a gravidade da infecção e a resposta do paciente. Em casos leves, os sintomas costumam melhorar dentro de algumas semanas, mas os casos mais graves podem demandar tratamentos mais longos, que podem se estender por alguns meses.
A maioria dos pacientes se recupera sem sequelas significativas após o fim da infecção, mas em casos mais graves, ou quando há demora ou negligência no tratamento, a perda auditiva pode ser permanente e a tontura se tornar crônica, exigindo novos tratamentos após a infecção.