É normal sentir tontura do nada? Entenda o que pode ser e saiba o que fazer!
Tonturas repentinas são relativamente comuns e podem acometer qualquer pessoa em diferentes momentos da vida. A crise pode ocorrer sem aviso e ser passageira, mas também pode indicar problemas mais sérios.
A tontura repentina ‒ também conhecida como “tontura do nada” ‒ é uma sensação inesperada de desorientação ou desequilíbrio, que pode variar em intensidade e ocorrer em diferentes situações.
Para identificar a tontura repentina, é importante notar que ela surge de forma súbita, muitas vezes sem aviso e podendo durar alguns segundos ou minutos. A desorientação é uma característica central da tontura repentina e muitas pessoas sentem como se estivessem prestes a cair ou em um ambiente que parece girar.
Embora, muitas vezes, seja algo passageiro, é importante prestar atenção à presença de outros sintomas, que podem ser indicativos de problemas de saúde mais sérios.
Continue comigo na leitura deste texto para entender melhor o que é essa tontura repentina e saber o que fazer, caso aconteça com você ou alguém próximo.
Conteúdo:
Como saber se a tontura do nada é passageira?
A tontura que surge de forma súbita e sem aviso prévio é uma experiência desconcertante e pode deixar muitas pessoas apreensivas.
Se esse tipo de tontura ocorre de maneira esporádica, pode estar relacionado a problemas simples e transitórios, como desidratação, queda na glicemia ‒ quando ficamos muito tempo sem comer ‒ mudanças rápidas de posição, estresse e fadiga.
Episódios isolados geralmente não são motivo de preocupação, especialmente se desaparecem rapidamente, não se repetem com regularidade e não são acompanhados de outros sintomas.
Quando a tontura do nada é motivo de preocupação?
Contudo, quando as crises de tontura se tornam frequentes ou muito intensas, a desorientação pode indicar condições médicas que precisam ser investigadas.
A vertigem posicional paroxística benigna, ou VPPB, é uma causa comum de vertigem (o paciente sente que o ambiente está girando), desencadeada, nesse caso, por alterações na posição da cabeça, como se abaixar ou se levantar. Embora seja benigna, pode ser uma experiência muito desconfortável e requer avaliação e tratamento (que, por sinal, é muito simples).
Outro exemplo é a enxaqueca vestibular, uma doença em que a tontura ou a vertigem ocorre como sintoma associado à enxaqueca. Os episódios de tontura podem surgir independentemente da dor de cabeça e durar de minutos a horas, muitas vezes acompanhados de sensibilidade à luz e ao som.
Como agir caso tenha uma crise de tontura do nada?
Caso você enfrente uma crise de tontura repentina, seguir algumas orientações pode ajudá-lo a lidar com a situação de forma mais segura:
- assim que sentir a tontura, pare a atividade em que está envolvido e tente encontrar um lugar seguro para se sentar ou se apoiar, pois isso pode evitar quedas ou acidentes;
- mantenha-se em uma posição estável, de olhos abertos e procure focar a visão em um ponto fixo;
- acalme-se e concentre-se na sua respiração — respirações profundas e lentas podem ajudar a reduzir a ansiedade que muitas vezes acompanha a tontura, além de melhorar a oxigenação do corpo;
- evite levantar-se rapidamente ou fazer movimentos súbitos até que a sensação de tontura diminua;
- e, caso a tontura esteja relacionada à desidratação, espere a intensidade do sintoma diminuir para beber água.
Preste atenção a quaisquer outros sintomas que possam acompanhar a tontura, como náuseas, sudorese, fraqueza ou confusão mental. Se esses sintomas forem intensos ou persistirem, o ideal é buscar ajuda médica imediatamente — o mesmo vale em caso de sintomas graves, como dor no peito, dificuldade para respirar ou perda de consciência.
Especialmente quando as crises são recorrentes, reflita sobre o que pode ter desencadeado a tontura, incluindo mudanças na posição, estresse, alimentação inadequada ou falta de sono.
Nessas situações, é importante consultar um otorrinolaringologista ou otoneurologista (especialista em tontura) para uma avaliação detalhada, a fim de identificar a causa subjacente e trabalhar com o tratamento mais adequado.
Aliás, você sabe exatamente o que o otoneurologista diagnostica e trata? Para entender melhor, acesse meu artigo especial: 10 motivos para consultar um otoneurologista!