Tontura do nada: o que fazer ao sentir tontura e quando devo me preocupar com esse sintoma?

Ao sentir uma tontura do nada, é recomendável se sentar, tomar ar e evitar fechar os olhos. A tontura pode estar associada a alterações simples, como quedas de pressão ou glicose, mas também pode indicar problemas de saúde importantes.
Embora sejam eventos muito comuns, episódios de tontura podem gerar muita ansiedade, pois, frequentemente, acontecem de repente.
Muitas pessoas não sabem exatamente o que fazer ao sentir o sintoma ou como ajudar alguém que o vivencia, e, neste artigo, trago algumas dicas para aliviar a tontura no momento em que ela acontece, além de destacar alguns fatores que merecem atenção.
Antes de tudo, devo esclarecer que esse sintoma pode estar relacionado a diversos tipos de alterações e doenças. Sendo assim, nunca haverá uma técnica, medicamento ou solução natural que sirva para todos os casos.
Episódios intensos e/ou frequentes de tontura devem ser investigados. Somente um diagnóstico preciso pode definir o tratamento adequado para cada quadro.
Continue a leitura e saiba mais!
Conteúdo:
- O que fazer ao sentir tontura?
- Tontura do nada, o que pode ser?
- Quando a tontura é motivo de preocupação?
O que fazer ao sentir tontura?
Independentemente da causa, algumas ações podem ajudar a aliviar os efeitos da tontura que surge do nada. Seja para você, seja para oferecer apoio a alguém que necessita de ajuda, é recomendável seguir as dicas a seguir.
1. Sentar
A primeira coisa a fazer ao sentir tontura é se sentar ou encontrar um lugar seguro para se apoiar a fim de evitar quedas e possíveis lesões. Além de ser mais difícil manter o equilíbrio de pé, mover a cabeça para se orientar pode agravar o sintoma.
O ideal, portanto, é sentar em um local que mantenha o corpo bem apoiado, sem precisar se equilibrar ou se movimentar. Outro ponto importante é mudar de posição lentamente para não agravar uma possível queda de pressão, seja ao se sentar, seja ao se levantar.
Caso a tontura não passe, mesmo após se sentar, você pode se deitar e manter as pernas elevadas com ajuda de algum apoio. Essa posição ajudará o sangue a retornar ao cérebro mais rapidamente, se for o caso de uma queda repentina da pressão.
2. Tomar ar e respirar profundamente
Muitas vezes, a tontura é desencadeada pelo calor excessivo, sudorese excessiva, por uma sensação de abafamento ou por uma crise de ansiedade. Embora cada caso apresente causas e mecanismos específicos, ações simples, como se dirigir a um local arejado e respirar fundo, podem ser benéficas em todas as situações.
Ao reduzir a temperatura e aumentar a disponibilidade de oxigênio no corpo, a pressão sanguínea tende a se estabilizar mais facilmente, assim como outras funções do organismo, o que também pode contribuir para a calma e para o relaxamento.
Essa dica também vale para pessoas que realizam esforço físico excessivo de maneira repentina, especialmente aquelas sem condicionamento ou que não se alimentaram ou se hidratam corretamente antes de um treino. É algo muito comum em pessoas que retornam para a academia após um período longo de sedentarismo.
3. Mantenha os olhos abertos
Já percebeu que quando fechamos os olhos, a tontura parece piorar?
Pois é. Isso acontece porque durante um episódio de tontura, a informação visual ajuda o nosso cérebro a se orientar, especialmente quando as estruturas do ouvido interno estão enviando “mensagens erradas” sobre o equilíbrio.
Dessa forma, fixar a sua visão em um objeto ou pessoa próxima (ideal a mais de um metro de distância) pode reduzir a intensidade da tontura e ajudar o seu cérebro a restabelecer o equilíbrio.
No início, porém, isso pode demandar algum esforço, pois o sintoma pode vir junto a uma sensação de fraqueza.
4. Evite ingerir líquidos e alimentos
No momento da tontura, se estivermos falando de uma queda brusca de pressão, por exemplo, o paciente pode ter algum comprometimento do seu nível de consciência e, ao ingerir líquidos ou alimentos sólidos, pode se engasgar e até sofrer uma broncoaspiração. O ideal é aguardar ou se certificar que o paciente está consciente antes de ingerir qualquer coisa.
Em caso de tonturas causadas por problemas dentro do ouvido, como uma Neurite Vestibular, o enjoo costuma ser intenso. Ingerir alimentos nesse momento pode piorar o sintoma e até provocar vômitos.
Portanto, no momento da tontura, o ideal é aguardar um pouquinho para se certificar de que o paciente tem condições de ingerir líquidos ou alimentos sólidos.
Tontura do nada, o que pode ser?
A tontura é um sintoma típico de vários tipos de disfunções e doenças, assim como de alterações corriqueiras que geralmente não justificam preocupação, como desidratação, insolação, queda de pressão ou níveis baixos de glicose no sangue.
Frequentemente chamada (incorretamente) de “labirintite”, a tontura pode ter várias causas e a maneira como ela se manifesta nos ajuda a descobrir o fator que a desencadeou. Quando a tontura não é constante, surge de repente (ou do nada), podemos pensar em causas como:
- hipotensão postural: é a queda de pressão após realizar um movimento brusco, como levantar ou mudar de posição rapidamente;
- Vertigem Posicional Paroxística Benigna: conhecida como “tontura dos cristais”, pois se deve ao desprendimento dos cristais de cálcio do labirinto;
- Enxaqueca Vestibular: quando a tontura surge como uma manifestação da enxaqueca, provocando sensação de desequilíbrio e mareio;
- Tontura Postural Perceptual Persistente: conhecida como “Vertigem Fóbica”, é um quadro de tontura que se instala e passa a ocorrer na maior parte dos dias, após um episódio súbito de perda de equilíbrio.
Somente a avaliação de um médico, porém, é capaz de determinar com precisão a causa da sua tontura. Como dito, embora sentir uma tontura do nada não seja motivo para grandes preocupações, episódios muito intensos ou frequentes devem ser investigados.

Quando a tontura é motivo de preocupação?
Pessoas idosas tendem a apresentar tontura com mais frequência, mesmo na ausência de patologias específicas, pois características típicas dessa faixa etária — como disfunções hormonais, alterações vasculares e cardíacas — favorecem a queda da pressão arterial.
Entretanto, a tontura é uma queixa comum entre pessoas de todas as idades e merece atenção quando ocorre de maneira frequente ou surge acompanhada de outros sintomas, como:
- alterações auditivas: como sensação de ouvido tapado ou perda de audição;
- zumbido no ouvido: percepção de um som, sem nenhum tipo de estímulo externo;
- desconfortos no ouvido: como secreção, coceira ou dor;
- quedas frequentes: quando o sintoma está diretamente relacionado a episódios frequentes de quedas e lesões.
Nesses casos, é fundamental consultar um médico otorrinolaringologista ou um otoneurologista — que é o otorrino especializado em tontura e zumbido.
Episódios agudos (que envolvem extrema desorientação e desmaios) requerem atendimento médico imediato, assim como quando são constatadas alterações neurológicas, como distorções visuais, perda de coordenação e dificuldade de fala e deglutição (reflexo de engolir).
Neste artigo, trouxe algumas informações sobre o que fazer durante uma crise de tontura, mas nenhuma das dicas citadas deve ser entendida como uma solução para o problema. Saiba que existem tratamentos para todos os tipos de quadros e postergar o diagnóstico apenas aumentará a sua ansiedade em relação ao sintoma, além de prejudicar a sua qualidade de vida.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue por aqui e saiba quais são os 4 tipos de tontura, suas características e causas principais!