Vicog serve para labirintite (tontura)? Quando devo utilizar esse medicamento?
O Vicog (vimpocetina) é um medicamento utilizado no tratamento de doenças cerebrovasculares. Não é um medicação típica em tratamentos de “labirintites” (doenças causadoras de tontura) e seu uso só deve ser feito sob prescrição e acompanhamento médico.
Há muitas buscas na internet sobre o Vicog e alguns pacientes já me perguntaram sobre o uso dessa medicação no tratamento da tontura. Devo dizer, de antemão, que a prescrição dessa medicação não é comum em quadros de labirintite (não importa se falamos de tontura ou da Labirintite, de fato, que é a infecção do labirinto).
De qualquer forma, gostaria de esclarecer o uso desse medicamento, aproveitando para destacar os riscos da automedicação, além de explicar o que você realmente deve fazer caso apresente um quadro de tontura persistente.
Conteúdo:
Para que serve o Vicog?
O princípio ativo do Vicog, chamado de vimpocetina, tem a função de aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro. É um medicamento geralmente utilizado por pessoas que apresentam algum tipo de sintoma relacionado a problemas cerebrovasculares, como déficits cognitivos.
Em casos raros, a tontura pode se apresentar como um sintoma associado a esse tipo de alteração, principalmente em pacientes hipertensos, diabéticos, que fumam ou têm histórico de infarto ou AVC.
Entretanto, especialmente nesses casos, você não deve jamais fazer uso desse medicamento sem o devido diagnóstico e orientação médica.
Por que você não deve utilizar o Vicog sem orientação médica?
De acordo com a bula, o Vicog é contraindicado em casos de insuficiência hepática, hemorragia cerebral recente e hipertensão intracraniana, bem como para menores de 14 anos, gestantes e lactantes.
O Vicog deve ser usado com cautela em pacientes que utilizam medicamentos anticoagulantes, anti-hipertensivos e antiarrítmicos, pois seu princípio ativo pode alterar a ação dessas medicações.
Também não é recomendado o uso do medicamento junto a ervas capazes de afetar a agregação plaquetária, como gengibre e ginkgo biloba — muito utilizada como tratamento natural para labirintite.
Em geral, o remédio é bem tolerado pelos pacientes, mas pode gerar efeitos colaterais, como queda de pressão ou batimento cardíaco acelerado, especialmente quando as dosagens recomendadas não são respeitadas.
O uso do Vicog, portanto, assim como o de outros medicamentos relacionados à tontura, pode trazer uma série de riscos à saúde quando administrado sem a correta avaliação do paciente, sem um diagnóstico confiável e sem a orientação adequada.
O que fazer em caso de tontura persistente?
É preciso esclarecer que a tontura (ou “labirintite”) é um sintoma observado em diversos tipos de disfunções e doenças, e para cada quadro existem recursos e tratamentos específicos.
Você não deve, portanto, se arriscar utilizando remédios ou ervas naturais ― geralmente recomendadas por amigos, vizinhos ou falsos especialistas ― sem, antes, obter um diagnóstico confiável.
Além de desperdiçar o seu dinheiro e colocar a sua saúde em risco, componentes dessas medicações podem gerar alterações no organismo e dificultar ainda mais o entendimento do seu quadro.
Compreendo que o diagnóstico da tontura é, muitas vezes, desafiador. Recebo muitos pacientes que já consultaram vários médicos, realizaram diversos exames, mas ainda não encontraram uma resposta.
Para quem vive esse dilema, a recomendação é procurar um especialista dedicado a esse tipo de sintoma, que, nesse caso, é o otoneurologista, o otorrinolaringologista especializado em doenças e alterações causadoras de tontura e zumbido no ouvido.
Eu preparei um vídeo especialmente para aquelas pessoas que já tentaram de tudo, mas continuam sofrendo com a tontura diariamente. É o seu caso? Então não deixe de conferir o vídeo abaixo!
