Zumbido no ouvido atinge cerca de 28 milhões de brasileiros | Primeiro Impacto (12/07/24)

O zumbido, ou tinnitus, é uma percepção sonora que ocorre sem a presença de uma fonte externa. Pode ter várias causas, incluindo perda auditiva, infecções e excesso de cerume no ouvido. O sintoma pode afetar pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em idosos devido à maior incidência de perda auditiva nessa faixa etária.

Embora seja muito comum, o zumbido no ouvido é um sintoma bastante incompreendido, inclusive entre os profissionais de saúde.

Diagnósticos fatalistas — como afirmar que o paciente com zumbido ficará surdo — são ainda frequentes e só contribuem para a ansiedade do paciente que, muitas vezes, se vê perdido sem entender o que, de fato, acontece com a sua audição.

Antes de qualquer coisa, devo afirmar que existem recursos e tratamentos para todos os casos de zumbido no ouvido, mas o primeiro passo é fazer um diagnóstico preciso do quadro do paciente, pois é a partir dele que poderemos definir a melhor estratégia de tratamento.

Em reportagem para o SBT News, a Dra Nathália Prudencio, otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido, explica que “o zumbido é um sintoma muito subjetivo, ou seja, não há nenhum exame que mostre que o paciente tem zumbido.”

O próprio paciente ou o cuidador — em pacientes mais idosos ou com alguma dificuldade de relatar seus sintomas — pode perceber o problema por meio de uma irritabilidade incomum, dificuldade no sono ou queixa relacionada à audição, mesmo que não seja necessariamente um zumbido.

Embora existam exames, como a audiometria (que testa a capacidade auditiva do paciente em diferentes frequências) e a acufenometria (que mede a intensidade e a frequência do zumbido), é fundamental entender a história do paciente.

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“O zumbido precisa muito da questão do verbalizar do paciente, as características do zumbido fazem muita diferença para a gente”, esclarece a Dra Nathália.

É importante esclarecer que nem todas as pessoas com zumbido necessitam de tratamento. Embora o sintoma afete cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil, estima-se que apenas um em cada 10 pacientes o apresente como um incômodo significativo.

A informação é o mais importante: “Acho que virou uma chave a partir do momento que comecei a receber a informação correta, como sobre as possíveis causas, que não necessariamente isso está ligado a uma doença grave e que não vou perder totalmente a minha audição.”, relata a paciente entrevistada na reportagem.

Para saber mais sobre o assunto, confira o nosso Guia completo sobre zumbido no ouvido: o que é, tipos, causas, prevenção, diagnóstico, tratamento e dúvidas comuns

 


Sobre Dra Nathália Prudencio

Dra Nathália Prudencio é médica otoneurologista, especialista em tontura e zumbido. Saiba mais
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